Vivemos em tempos de provações coletivas e individuais. São momentos de incertezas, nos quais um simples espirro, uma tosse passageira, leve dor de cabeça ou indisposição física momentânea tornam-se razão para grandes preocupações. Será que é a Covid-19? E a mente nos leva ao familiar, ao amigo ou ao colega de trabalho com quem tivemos contato, mesmo que breve; ao desconhecido contatado no supermercado, na farmácia ou no transporte coletivo. E se houve transmissão para alguém? Corre-se, às vezes, precipitadamente ao médico, ao posto de saúde, aos hospitais após o menor sintoma, esquecidos de que o coronavírus apresenta reações semelhantes a outros vírus e talvez seja apenas uma gripe.
Temos certamente razões suficientes para essas e outras preocupações, para mantermos os cuidados sanitários recomendados, o distanciamento, evitando a aglomeração social, afinal, é natural temer-se uma doença que nos impede até de visitar um ente querido exatamente na hora da dor, quando este necessita de cuidados e atenção, a fim de não arriscar um contágio; pensamos na morte, nos sofrimentos causados pela doença, na lacuna que fica quando alguém não resiste à pertinaz presença do novo coronavírus.
No entanto, nada deve servir de motivo para o nosso desequilíbrio, descontrole das emoções, menos ainda para o desespero. O cristão verdadeiro, o qual todo espírita deve ser, sabe que Jesus nos advertiu quanto aos acontecimentos hodiernos, recomendando-nos que, diante das aflições – que as teríamos –, não desanimássemos, afinal, Ele, que é nosso Modelo, venceu o mundo, e nós também venceremos se tivermos fé, confiança, perseverança e coragem, além de boa vontade, contando com a assistência d’Ele, que é nosso Guia, e daqueles que O servem, auxiliando os seres humanos na Terra.
É necessário para isso cultivarmos o deus interno, a fim de compreendermos e confiarmos no Deus que vela por todos nós; assim, a nossa cientista Rejane Planer vem nos despertar nesta edição para tal realidade através do artigo “Deus em mim”. E “Seguindo Jesus!”, como nos sugere a articulista Lucy Dias Ramos, poderemos vencer as “Provações coletivas e individuais”, conforme Ailton Barcelos, que nos traz sinceras reflexões acerca do tema. Mesmo assim, se o nosso coração necessita de um cireneu, a exemplo daquele que ajudou Jesus a reerguer-se da terceira queda e seguir rumo ao Gólgota para o testemunho sublime, pode recorrer a “O atendimento fraterno on-line”, instalado por diversas casas espíritas pelo Brasil afora nesses tempos de pandemia. Leia sobre o serviço pela ótica de um dedicado e anônimo atendente fraterno.
A Equipe